terça-feira, 7 de outubro de 2014

Uma das sete fontes de energia: Meditação

A pratica da meditação procura manter um estado de atenção plena sem se perder em pensamentos. Estimula a atenção e a consciência no momento presente, trazendo como consequência ao praticante uma mente mais tranquila.  Pode se meditar de uma infinidade de maneiras: ao se escrever uma poesia, ao contemplar uma paisagem, ao participar da cerimonia ( japonesa) do chá, ao comer, ouvir um som ou uma musica, entre outras possibilidades.

Ao meditar nosso organismo responde imediatamente, com benefícios já amplamente comprovados.  O fluxo sanguíneo diminui, o metabolismo se torna mais lento, o batimento cardíaco diminui, ao liberar endorfinas a meditação nos traz um sentimento de felicidade e alegria, reduz a adrenalina, o cortisol e os radicais livres.  A mente se torna mais sagaz, dores podem ser diminuídas, beneficia no processo de tratamento da depressão, aumenta a velocidade do raciocínio, melhora a capacidade de concentração, traz coerência ao cérebro. A atividade cerebral muda, o que proporciona uma maior harmonia e paz.

No inicio do processo meditativo, talvez o iniciante sinta-se desconfortável porque a profusão de pensamentos interferem, fazendo com que a pessoa acredite ser muito difícil executa-la.  O segredo, está em buscar inicialmente investir alguns minutos diariamente e ir aumentando gradualmente até que se consiga atingir 20 minutos em média em cada uma das duas sessões diárias.  Quando não puder controlar seus pensamentos, relaxe e procure voltar ao seu proposito (foco) inicial, examine como um observador externo.  Procure um local e posição confortável, cuide apenas para que sua postura seja ereta, afim de não adormecer.

É possível meditar de olhos abertos, andando ou até tomando banho.  Talvez um dos segredos seja a qualidade da atenção que você traz para a ação que desempenha.
O estado meditativo, nos ajuda a diminuir a ansiedade causada pela preocupação em achar uma solução imediata para os nossos problemas.  Meditar é atentar ao presente.

Existem varias linhas de meditação: a Self, a Dinâmica, a Cristã, a Raja Yoga, a Zen-Budista, a Transcendental entre outras.  Eu passei a praticar a Transcendental nos últimos 14 meses.  No inicio, ao entrar em contato com a pratica e os benefícios fiquei um pouco descrente.  Com o passar do tempo, e com a prática, pude comprovar alguns ganhos importantes.  Meu ritmo de trabalho é acelerado, e portanto, muito desgastante.  Algumas vezes em que cheguei de viagem e sem ter tempo para descansar, entrei em uma reunião após outra, tendo logo após o compromisso de passar as ultimas 4 horas do dia dando aulas em uma classe de MBA, a meditação foi de grande valia.  Consegui em 20 minutos refazer minhas energias e chegar perto das 23:00 horas, depois de mais de 18 horas de atividade, ainda inteiro.  A meditação é para a ação, no entanto, em noites em que acordei e não consegui voltar a dormir imediatamente, usei a meditação para relaxar e como resultado adormeci.
O psicólogo Daniel Goleman, em sua obra A Mente Meditativa, comenta sobre a melhoria no gerenciamento das pressões diárias através da meditação.

Existem pelo menos quatro estados emocionais que podem contribuir para o aparecimento de doenças: depressão, desesperança, ansiedade e a raiva. Convivemos diariamente com pelo menos um deles, diante dos desafios da vida moderna nos mais diferentes locais, no transito, ao assistir um noticiário, em uma reunião no trabalho, ao ser pressionado pela entrega de resultados imediatos.

O professor de psiquiatria da Georgetown Medial School, Dr. Norman E. Rosenthal, em seu livro Transcendência, descreve inúmeras pesquisas que demonstram os riscos a que somos submetidos em nosso dia a dia e os ganhos oriundos da meditação.

Hans Selye, certa vez escreveu: “ Não é o estresse que nos mata, e sim nossa reação a ele”.  Como você tem lidado com o estresse diário ? O que procura fazer para conseguir se equilibrar emocionalmente? Você tem consciência de suas atitudes diante das pressões a que é exposto? Que cuidados você precisa tomar?

Boa reflexão!



terça-feira, 6 de maio de 2014





Este é o  link de minha entrevista no canal UOL no programa Conexão Comportamento, com minha querida amiga Talia Jaoui, sobre Gestão do Tempo.
http://youtu.be/HNmnZMiCXww

segunda-feira, 28 de abril de 2014

O Cérebro e a Liderança

O Cérebro e a Liderança


Nosso cérebro pesa cerca de 1,5 kg e processa em média 50.000 impulsos simultaneamente. É dividido em hemisfério direito e esquerdo e tem aproximadamente um bilhão de células na forma de um quatrilhão de conexões.
Em 1860 um neurologista francês chamado Paul Broca descobriu que o lado esquerdo do cérebro controlava o desenvolvimento da fala. Dez anos mais tarde, o neurologista alemão Carl Wernicke começou a desvendar o processo da comunicação, concluindo que o lado esquerdo é responsável pelo desenvolvimento da linguagem e que ela nos diferencia dos animais. Nos anos 50 outro neurologista chamado Roger Sperry, ganhador do premio Nobel de medicina, ao estudar pessoas portadoras de epilepsia, removeu o corpo caloso e definiu que o lado direito do cérebro não é inferior ao esquerdo, e sim diferente. Mesmo depois de tantas descobertas a respeito do cérebro, ele ainda é um desafio a ser desvendado.
O que podemos fazer para cuidar do nosso cérebro? Muita coisa!
No campo espiritual podemos ler, meditar e orar. No campo sócio-emocional podemos aprender a dizer não, sorrir com mais frequência e dedicar algum tempo a nós mesmos. No campo mental, podemos fazer palavras cruzadas, aprender a tocar um instrumento e aprender um novo idioma. E, finalmente, no campo físico, podemos parar de fumar, fazer exercícios frequentemente e comer tendo em mente que no prato deve haver as cores do arco-íris. Com relação à cognição, devemos ter duas preocupações básicas: como está nossa capacidade de aprender, reter e ensinar e como está a capacidade dos nossos colaboradores de aprender e colocar em prática o que lhes foi delegado.
Como as pessoas são diferentes e possuem cérebros diferentes podemos concluir que existem alguns estilos de aprendizagem “diferentes”. Os estilos de aprendizagem dos nossos colaboradores não são necessariamente iguais. Os sinestésicos são aqueles que precisam estar em movimento, manuseando e participando ativamente; os auditivos precisam ouvir uma variedade de sons e tons (atividades com música são muito bem-vindas); os didáticos precisam de algum tempo para processar e analisar o conteúdo, e finalmente, os visuais são aqueles que se concentram quando os materiais têm cor, movimento e auxiliam na complementação do que se quer ensinar. Não poderíamos esperar nada diferente, afinal diz um ditado: “Cada cabeça uma sentença”. A verdade nesse ditado é que não somos iguais; portanto, se a liderança não entender que para lidar com pessoas diferentes é necessário usar recursos diferentes, seu legado e resultados correrão riscos.
Segundo pesquisadores há uma grande diferença entre as gerações. Em julho de 2011, a Folha de São Paulo definiu três gerações e suas diferenças. Os baby boomers, nascidos depois do fim da II Segunda Guerra Mundial, com idades hoje, entre 50 e 68 anos têm as seguintes características: criam vínculos com a empresa, trabalham arduamente, valorizam a hierarquia, encaram o chefe com respeito e não são questionadores. Na relação com o trabalho, esforçam-se para ser valorizados, consideram êxito atuar em uma grande empresa e o emprego é visto como um meio de construir a vida. As pessoas da geração X, com idades entre 37 e 49 anos, buscam equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, questionam a hierarquia, adaptam-se bem e dividem o sucesso com o grupo. Na relação com o trabalho desejam que a empresa valorize suas contribuições individuais, buscam propor modelos que melhorem a qualidade de vida profissional e arriscam-se pouco. As pessoas da geração Y, com idade até 36 anos buscam equilíbrio entre o trabalho e a família, mudam muito de emprego, buscam ascensão rápida, não gostam de hierarquia e arriscam-se mais. Na relação com o trabalho são informais com os chefes e muito criativos. Querem ser reconhecidos pela sua contribuição individual e seu objetivo é ter liberdade no processo de produção.
Usando como exemplo somente essas gerações (existem outras definições), podemos identificar uma série de cuidados que um líder deve ter para conseguir o melhor de cada uma delas. Mesmo dentro delas há outra gama de diferenças no processamento de informação. Anthony Gregorc descreve quatro tipos de funcionamento da mente relacionados à percepção da informação, que pode ser concreta ou abstrata e o processamento pode ter o formato sequencial ou aleatório. Portanto, para lidar com toda essa diversidade, nosso trabalho como líderes é árduo e nossa preparação precisa ser profunda.
Pensando na necessidade da nossa preparação como líderes, inicio com este texto, uma série de oito artigos que irão nos ajudar a cuidar do nosso cérebro e nos preparar para auxiliar nossos colaboradores a cuidar dos seus. Segue abaixo duas dicas para iniciar o processo:
Primeira: analise seus resultados. Verifique o que tem feito de bom e em quê poderia melhorar, provavelmente você está colhendo o que plantou em algum momento do passado.
Segunda: comunique-se. Tenha uma conversa sincera e objetiva. Eis alguns passos para melhorar sua comunicação:
·       Estabeleça um Foco
·       Verifique o momento atual
·       Descubra possibilidades
·       Crie um plano de ação
·       Avalie e remova eventuais barreiras
·       Defina uma meta ou um objetivo a ser conquistado
·       Recapitule o que foi conversado e crie comprometimento por parte dos envolvidos.
Se isso tudo lhe parece muito complicado, observe o que está em jogo.
Desenvolver habilidades e aumentar nosso nível de conhecimento pode ser trabalhoso e custar caro, no entanto, tenha a certeza de que a falta de habilidades e a ignorância podem custar muito mais.
Qual é seu processo de aprendizado? Como você lida com a informação? E seus liderados? Qual foi a ultima vez que você teve uma conversa sincera com seus colaboradores? Qual foi a última vez que procurou ouvir atentamente? Quais os benefícios que uma conversa sincera e com foco podem trazer?
Boa reflexão!