sexta-feira, 29 de junho de 2012

Falamos a mesma língua... mas não nos entendemos.


Falamos a mesma língua... mas não nos entendemos.

Nunca subestime o poder de uma palavra ou de uma ação gentil.- Jackson Brown Jr.
O grande desafio da comunicação eficaz, reside no fato de muitos de nós caminharmos para uma de três possíveis direções: Evitamos o confronto, ficando calados e entramos em nossas “cavernas”, falamos excessivamente, fazendo “looping” do assunto de forma exaustiva e agressiva ou buscamos de forma clara e civilizada encontrar uma solução.

Em cada uma das situações descritas acima, existem nossas histórias de vida nos influenciando.  Algumas pessoas acreditam que o outro sempre o estará acusando, se colocam em posição de vítima.  Outras pessoas, não desenvolvem a paciência necessária para esclarecer o que pensam, acreditam que fugir da discussão é o caminho. Existem aquelas que arranjam encrenca para tudo, nunca ficam bem, só melhoram depois de ter criado um clima ruim. E aqueles que buscam o equilíbrio, a compreensão e a “paz”.

Quando as emoções estão em alta, fica muito difícil ouvir com empatia e discernimento. Nestes momentos nossa fisiologia entra em ação, uma ebulição toma conta de nosso ser, então de maneira automática, somos levados ao silêncio ou discussão.  O problema dessa reação, é que o cérebro diante do desafio desvia o sangue de atividades que não considera essenciais, direcionando-os para os músculos, diminuindo a quantidade na área irrigada no cérebro onde tomamos decisões sensatas. Passamos a reagir em vez de agir com equilíbrio.

Os momentos em que esta reação acontece, podem ser vividos nas mais diferentes situações do dia a dia, eis alguns exemplos:

a) Quando temos pontos de vista antagônicos sobre um assunto delicado;
b) Quando falamos a um superior que tem comportamento reativo;
c) Quando lidamos com uma separação;
d) Quando falamos de resultados ruins sobre uma responsabilidade delegada;
e) Quando cobramos uma dívida;

A falta de compreensão afeta nossa vida pessoal e profissional, impactando não só no relacionamento mas também em nossa saúde, provocando um desequilíbrio em nossos sistemas metabólicos.  Grande parte das pessoas acredita que não precisa aprender, aperfeiçoar-se ou melhorar suas habilidades de comunicação.  Essas mesmas pessoas acreditam que o que já sabem lhe basta.

Falar sem rodeios e de maneira clara pode ajudar-nos a evitar interpretações erradas e a encontrar uma solução.  Alguns pontos que influenciam nossas emoções e por consequência nossos relacionamentos são:

Sorria:  Não fere, não paga impostos e ajuda criar um ambiente agradável e simpático, além de movimentar vários músculos da face, influenciando de maneira benéfica o tônus muscular.


Evite criticar: Principalmente se as emoções estiverem em alta, nestes momentos a capacidade auditiva parece diminuir sensivelmente, levando a “surdez” temporária.

Elogie: Nada melhor para o ser humano do que receber reconhecimento por seus feitos, mesmo que para você o elogio  pareça simples.

Conecte-se: Interaja com as pessoas que gosta, usufrua do convívio, ame sem “frescura”. Perdoe sempre que possível, 70 x 7 é o conselho encontrado nas escrituras.

Mantenha o bom humor: O humor diminui a distância entre as pessoas, além de criar um ambiente ideal para o desenvolvimento de ideias criativas.

Qual o seu comportamento diante de um assunto difícil? Em qual das três direções citadas você se enquadra? Que resultados você tem conseguido? Existe algo a aprender ou melhorar?
Boa reflexão!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A viagem de trem


A viagem de trem

Ouvi certa vez, uma analogia que comparava a vida a uma viagem, não me lembro dos detalhes, mas ainda sim gostaria de fazer um paralelo, entre nossas experiências de vida e uma viagem de trem.  Nos últimos anos, sempre que fui convidado para falar sobre experiências desafiadoras, compartilhei essa minha visão.

Os 70, 80 ou 90 anos de vida de um indivíduo podem ser comparados ao período de uma  viagem de trem. 

Compra-se uma passagem com o objetivo de chegar a um determinado lugar.  Chegamos a esta vida com um bilhete de ida e volta,  sem nem  uma lembrança passada, mas certos de que em algum momento a deixaremos para ir a outro lugar.

Embarcamos em uma estação, depois de algum tempo de espera por nosso transporte.  Ano após ano, desenvolvemos entre muitas qualidades a paciência,  pois tudo na vida tem seu tempo e, a maioria das experiências vividas têm seu momento certo e  não podem ser abreviadas ou adiantadas.

Embarcamos rumo a um trajeto muitas vezes pouco conhecido ou no mínimo passível de surpresas.  No caminho da vida, muito se imagina, mas poucas coisas podem ser ditas com total segurança, com o passar do tempo tudo muda e depois de mais algum tempo, mudam novamente.

Ao sentarmos em nosso lugar, encontramos pessoas estranhas que se tornam conhecidas e que farão a viagem conosco.  Muitas pessoas ao longo dos anos cruzam o nosso caminho, algumas delas aprendemos a apreciar, outras aprendemos a amar, um grande número delas deixam suas marcas em nossa viagem por este mundo.

Olhamos pela janela e a paisagem muda, algumas vezes são áridas, chove, amanhece e escurece, existem paisagens dignas de contemplação.  Ao olharmos para nossas experiências, nem sempre elas são lindas e coloridas, muitas vezes são cinzas e dolorosas. Certamente se avaliarmos profundamente, em todos os momentos vividos teremos conseguido aprender algo importante.

O trem dá solavancos.  Algumas vezes aprendemos do jeito mais difícil, somos jogados para frente e para trás, para cima e para baixo, testados em nossa fé e na capacidade de sermos resilientes,  isto nos ajuda a valorizar os momentos de tranquilidade e paz.

O trem para em algumas estações permitindo que alguns entrem e outros saiam.  Algumas pessoas conhecidas, apreciadas ou amadas, chegam a nossa vida e tornam-se parte da  família e, outras partem do nosso convívio, para outra esfera mais elevada.

Finalmente o trem chega a sua última estação e então descemos com nossa bagagem. Começamos a vida sem certezas, terminamos da mesma maneira. Mas depois de passarmos por essa viagem, trazemos na mente e no coração uma bagagem gigantesca de experiências, que vão permanecer conosco e que, certamente nos darão a certeza de estarmos no lugar certo e de ter valido a pena todo o tempo da viagem.

Esta viagem é passageira e como diz a música de Kleiton e Kledir:

Não adianta escrever meu nome n'uma pedra,
Pois essa pedra em pó vai se transformar,
Você não vê que a vida corre contra o tempo
Sou um castelo de areia na beira do mar

 Mas ainda assim vale a pena ser vivida com intensidade, apesar da brevidade do tempo que temos.

Como você se sente nesta viagem que a vida lhe proporciona? Tem apreciado as imagens vistas pela janela de seus olhos? E seu coração está aberto para receber e doar?

Boa reflexão!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Quem sou eu...quem é você?



Quem sou eu...quem é você?

Recentemente li em um jornal de grande circulação, a menção sobre um artigo de Jon  Henley do “Guardian”, que tratava de ética no Everest.

Ética é uma palavra de origem grega, com duas origens possíveis. A primeira é a palavra grega éthos, com e curto, que pode ser traduzida por costume, a segunda também se escreve éthos, porém com e longo, que significa propriedade do caráter. A primeira é a que serviu de base para a tradução latina moral enquanto que a segunda é a que, de alguma forma, orienta a utilização atual que damos a palavra Ética.  Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom. (Moore GE. Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975:4)

Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social. (Wikpedia).

Ao descrever os acontecimentos, o artigo de Henley mencionou a experiência de uma mulher chamada Leanna Shuttleworth de 19 anos e seu pai Mark.  Ambos passaram rumo ao pico do Everest por um homem que levantou o braço e abriu os olhos enquanto estava caído e precisando de ajuda.  Segundo ela, ele estava “quase morto”.  Ao voltar, ela disse: -“Ele estava morto”.  O guia que estava com eles ainda conseguiu salvar uma das pessoas que encontraram pelo caminho. 

Em 2006, um grupo de 40 alpinistas também passou por um homem que precisava de ajuda e nada fizeram, e ele acabou morrendo.

Tenho ensinado sobre um outro caso em que um homem chamado Beck Weathers, que depois de ficar 18 horas inconsciente, e de ter sido visto por dois alpinistas que também não pararam para ajudá-lo, conseguiu se levantar sem auxílio e caminhou até encontrar ajuda.  Ele sobreviveu.

O que me perguntei ao ler sobre a experiência dos  Shuttleworth e de Weathers, foi: Se estivesse com um de meus 4 filhos ou mesmo só, seria capaz de ver alguém morrendo e ficar indiferente?  Recentemente, levantei esta questão entre alguns alunos e ouvi respostas das mais variadas.  Refletimos sobre nosso comportamento.

Quando estamos apressados e nos deparamos com um pedinte ou com crianças e adultos que estão deitados no chão frio, adormecidos pelo cansaço e pela fome, no centro da cidade, o que fazemos `a respeito? O mesmo que os Shuttleworth? Ou paramos e de alguma forma tentamos amenizar a sua dor?  Existe diferença entre a necessidade de ajuda no Everest e no centro da cidade? Deveria haver? As respostas para estas “necessidades” seriam diferentes? Por que?  Albert Schweistzer, escreveu: “Um homem é verdadeiramente ético apenas quando obedece sua compulsão para ajudar toda a vida que ele é capaz de assistir, e evita ferir toda a coisa que vive .”
Nas organizações a ética, ( com o e longo ), é altamente desejada.  Ao longo dos anos como consultor fiz um exercício em diferentes empresas, em que levantamos os valores mais desejados em um novo colaborador, ética sempre apareceu.  Apesar de desejada em muitas organizações, quando interesses pessoais são postos a prova ela é deixada de lado, vimos isso acontecer recentemente (2008, 2011 e agora), tanto no mercado financeiro, como na politica, dentro e fora do país.  Como escreveu, Leonardo Wolk : “Existe incongruência entre o dizer e o fazer.  Esta incongruência não é  apenas pessoal, é também organizacional.  Quantas empresas são congruentes com os valores que declaram?...Ironicamente, alguém disse certa vez: “ Quando as ações sobem, os valores caem...”.
Onde se enquadra a Moral? E a Ética? E eu? E você?

Boa reflexão!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

10 Conceitos de Sucesso

O sucesso pode ser passageiro nas mais diferentes áreas de nossa vida.  Abaixo segue um mapa mental dos 10 conceitos do sucesso que podem ser implementados `as nossas ações de dia a dia.


Que comportamentos você precisa desenvolver?  Que comportamentos você precisa aperfeiçoar?
Qual a sua disposição em aprimorar o que já faz bem?

Boa reflexão!

domingo, 10 de junho de 2012

Meus peixes no aquário, imagem singular


Meus peixes no aquário, imagem singular

“A água turva não mostra os peixes ou conchas embaixo; o mesmo faz a mente nublada.”  - Desconhecido

Meu primeiro aquário foi feito em casa por meu pai, era simples e muito bonito.  Passava horas admirando aqueles peixinhos dourados.  Mantendo a limpeza, equilibrando o ph da agua e alimentando os peixes; a aparência e beleza transparente permaneciam inalteradas.

Cuidados básicos eram necessários para se manter o interesse de todos aqueles que entravam em casa, e que costumeiramente admiravam o que viam. 

Recentemente, relendo alguns escritos, me deparei com a ideia  compartilhada por W. Chan Kim e Renée Mauborgne; chamaram-na de  Gestão do Aquário.  Ao refletir sobre a sua aplicação relembrei momentos em que ao dar visibilidade aos envolvidos em um projeto, consegui maior aderência e participação ativa.

Os tópicos sugeridos pelos escritores acima, são estes:

A) Ressalte a posição das pessoas envolvidas; isto aumentará o risco para os omissos de plantão.

B) Dê aos participantes o máximo de visibilidade; coloque-os sob os holofotes, o foco será direcionado aos retardatários.

C) A gestão deve estar baseada na transparência, na inclusão e no processo justo.

D) Faça reuniões periódicas para analise de desempenho, sob a ótica da execução da tarefa.

D) Aplique um processo justo, afim de que todos possam ser envolvidos, compartilhando os critérios decisórios, tornando as expectativas claras sobre o desempenho.

C) Defina com transparência o que se espera de cada um, dentro de um processo claro de recompensas.

A gestão eficaz, carrega consigo um “mar” de desafios, que quando bem administrados podem trazer uma imensidão de resultados positivos.  Foi o que aconteceu com o departamento de policia de Nova York, em uma década em que o banditismo tomava o poder.  A “gestão do aquário”  aplicada pelo comissário Bratton durante os anos de 94 e 96 revolucionaram o meio, e tornou-se modelo para outros departamentos ao redor do mundo.  Um caminho para articular um processo de execução bem sucedido, está em olhar o todo e agir de forma objetiva no especifico.  Quando o desafio for muito grande, divida-o em partes executáveis e procure delegar responsabilidades, deveres e... não esqueça de compartilhar o  holofote. 

Olhar o meu aquário hoje, me traz saudades do tempo de criança, além de me lembrar que é sempre possível resolver os desafios com simplicidade e transparência.

Como você tem lidado com desafios em sua gestão? Que métodos tem sido eficazes em seu dia a dia?  O que você fez para debelar o último desafio que enfrentou? É possível aplicar o método do aquário em sua realidade?

Boa reflexão!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Liderança em meio a adversidade



Liderança em meio a adversidade

Em tempos de mudança, ter coragem e competência para promover melhorias não é tarefa fácil.

Muitos lideres reativos se escondem atrás de desculpas, no entanto, lideres realmente proativos, não se escondem e nem se curvam `a adversidade.  Um bom exemplo disso foi o trabalho desempenhado pelo comissário Bill Bratton da policia de Nova York.

No mapa abaixo, destaquei o ambiente e a ação vitoriosa deste gestor.




Ao avaliar a sua gestão tenha em mente o exemplo acima.  Qual é o ambiente em que você está inserido? Como avalia seus recursos? De zero a dez qual o seu nível de proatividade?

Boa reflexão!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O que é preciso para viver bem?


O que é preciso para viver bem?

Conseguir equilibrar a vida pessoal e profissional, tem sido para muitos, um desafio gigantesco.  Em minhas aulas busco discutir a importância e as consequências de buscar balancear a vida em seus diferentes termos.

Interessante, que quando questiono sobre o que vale a pena as respostas são parecidas, todos sabem exatamente o que gostariam de fazer ou com quem gostariam de passar mais tempo, mas mesmo assim, não o fazem.

A vida passa como em um “piscar de olhos”, hoje ao olhar para traz vejo que estou na metade dela (47 anos), muitas lembranças parecem recentes em minha memoria, como se tudo tivesse acontecido ontem.

Atribui-se a um pensador russo de nome Guerdjef, vinte regras para se viver melhor.  Seguem abaixo essas regras:

1) Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.
2) Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.
3) Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o improviso, consciente de que nem tudo depende de você.
4) Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.
5) Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.
6) Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.
7) Peça ajuda sempre que necessario, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.
Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.
9) Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.
10) Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto há ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.
11) Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.
12) Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.
13) É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.
14) Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.
15) Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.
16) Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo … para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.
17) A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.
18) Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.
19) Não abandone suas 3 grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!
20) E entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente:Você é o que se fizer ser!


Você tem buscado equilíbrio em sua vida? Você tem investido tempo para recarregar suas energias? O que você espera da vida? Tem encontrado o que procura?

Boa reflexão!